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REIA

na atlântida

“Eu venho do sonho e fujo da vida.
Errei no caminho para a paz prometida.
Só sei que me chama um canto do mar.
E a nau dos sonhos no céu a varar.
Ó meu capitão da barca perdida
A errar entre o sonho e o engano da vida!”
O sonho e a vida, Natália Correia

Imagens do que (não) existe

65x50cm, óleo s/papel, 2022

PT
AndReia cria imagens do que (não) existe para explorar o incompreensível, o inconsciente, o sonho e a metamorfose na pintura e no desenho, através do seu diário de sonhos. Procura pelo seu imagético onírico, pela “alma do ilhéu” (Nemésio) intercetar o universo do inconsciente na imagem, não só como potencial de transformação, mas também como local transcendental à imaginação.
As figuras em tecido, criadas coletivamente no desenho, trazem a imaginação do outro, o sonho e a realidade.
EN
AndReia creates images of what (doesn't) exist in order to explore the incomprehensible, the unconscious, dreams and metamorphosis in painting and drawing, through her dream diary. Through her oneiric imagery, through the “soul of the islander” (Nemésio), she seeks to intercept the universe of the unconscious in the image, not only as a potential for transformation, but also as a transcendental place for the imagination.
The fabric figures, created collectively in the drawing, bring together the imagination of the other, the dream and reality.

Imagens do que (não) existe,oil and acrylic on canvas and wooden boxes, acrylic on fabric, filling and volcanic rock, dimensions variable2024

Collective exhibition ENTRE TANTO(S)
Faculdade Belas Artes
Universidade do Porto
2024

O sonho da mulher aranha,
16.05.2023

"At some point she's despair"

"At some point there's people singing like birds"

28.11.2023, 116x100x5cm, óleo s/tela, 2024
O encontro entre o sonho e a ilha: " A baleia quando passava, colocava os pés na água para sentir a sua passagem"

16.06.2023, oil and charcoal on wood, 2024

06.01.2024, oil on canvas, 2024
"Depois estava com duas crianças e de repente corre uma e desaparece. Só eu e uma criança pequena vê."

06.01.2024: Branca, oil on canvas, 2024

06.01.2024, oil on canvas, 2024
"Mas nesta altura somos pássaros. Os outros não parecem nos reconhecer como humanos".

Reconstruction of the dream through memory
2023

This project is based on a dream I had on September 9, 2022, which I represented through a series of five paintings. In decoding the symbolic meaning of this dream, I used written records and explored memories from my dream universe. Due to the intense emotional charge present in this dream and also the dynamics of the image, its representation was marked by a dialog between the unconscious and the conscious, resulting in the creation of images that decipher its symbols.


Instagram: @reia_natlantida[email protected]

Andreia Correia (2000, Açores) / Reia (x, Atlântida)

“A alma do ilhéu exprime-se pelo mar.
O mar não é só o seu conduto territorial, como o seu conduto anímico”
( Vitorino Nemésio, 1989)

O mito da Atlântida surge, em algumas teorias, associado geograficamente aos Açores. Reia está presente no meu primeiro e último nome e, poderíamos dizer que esta é uma figura inerente ao sonho, decorrente da sua presença na mitologia grega.
Neste sentido, essas referências deram início à construção desta identidade artística de ilhéu: Reia na Atlântida.
O aparecimento desta “ilha” nos últimos anos da minha formação artística, revelou-se como um espelho do meu trabalho e da minha identidade.
Vindo de uma das ilhas açorianas no oceano Atlântico, onde vivi as duas primeiras décadas da minha existência, o meu sentido de pertença a um lugar físico parece por vezes inexistente. Gostaria de pensar em mim como uma das aves migratórias que transitam entre o mar e as ilhas. Neste contexto, a arte permitiu-me criar um espaço palpável de pertença.
Reia surge como uma identidade mediadora do meu universo onírico para com a arte, procurando compreender o eu e o outro através do inconsciente.
O gosto pela psicologia e pela materialização de imagens do invisível e do desconhecido, no meu trabalho demonstram-se pelo seu processo inicial de interpretação dos meus registos dos meus sonhos em papel e no telemóvel e a fotografia do meu quotidiano. Para aprofundar o entendimento do inconsciente, é preciso criar também um diálogo com as minhas origens, assim, os símbolos dos Açores são relevantes no processo.
A pintura e o desenho são predominantes no meu processo, em conjunção com a fotografia/fotomontagem e o meu diário de sonhos. Pela multiplicidade destes temas, procuro usar a experimentação, por exemplo também nos têxteis e vidro.

Collective exhibitions

MONTAGEM DE ATRAÇÕES [12/2024 ]ROMANTIZANDO (IM)POSSIBILIDADES [ 10/2024 ]Exposição Prémio árvore das virtudes Cooperativa Árvore [ 10/2024 ]Palestina meu amor - Leilão solidário e exposição - Espaço Mira, Porto [ 11/2024 ]
ENTRE TANTO(S) [ 06/2024 ]
As fotografias e o resto [ 01/2024 ]Aconteceu na Afurada [ 07/2023 ]

EducationFaculty of Fine Arts University of Porto
Bachelor Fine Arts
2020-2024

ERASMUS+ INTERNSHIP
Artesanía Nazarí, Agifodent
Art assistant
09/2024 - 01/2025,
Granada, Spain
-Joyce Overheul, Artist
Art Studio Assistant
02/2025 - 05/2025
Netherlands

120x80 cm, óleo s/tela, 2023

54x37cm, óleo s/madeira, 2023

90x60cm, acrílico s/tela, 2023

50x60cm, óleo s/tela, 2023

89x49cm, óleo s/tela, 2021

58X48 cm, óleo s/madeira, 2023

150x60cm, óleo s/tela, 2023
Private collection

~120x80cm, óleo s/tela, 2023

65x50cm, óleo s/papel, 2022

40x58cm, óleo s/ madeira, 2023

80x50cm, óleo s/tela, 2023

88.2x117,8x5.1 cm (two sides), óleo s/tela e madeira, 2023

CATS COLLECTION

Uma teia de aranha de 10 metros de comprimento
LIVRO, Fotomontagem, 2023


As imagens procuram reconstituir a incerteza de realidade/ irrealidade, a fronteira do sonho e da memória. Pelo uso do Photoshop e do arquivo pessoal, concebeu-se a abstração da figuração pela fotomontagem, explorando a percepção sensorial do espaço e a ambiguidade temporal.
Paralelamente aos sonhos, a presença da fragmentação assemelha-se a um diário compreensível apenas ao sonhador. O livro, como os sonhos, adota uma estrutura que permite uma leitura sem um fim predeterminado, ausente de uma narrativa linear. A luz e a cor emergem como mediadoras do sublime e do desconhecido, surgindo como manifestação mágica dos sonhos. A experiência textual surge da intensidade da opacidade e a alusão a registros escritos reais e fictícios.